terça-feira, 21 de janeiro de 2014

E é isto

Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está? 

As pessoas têm de morrer; os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar Sim, mas como se faz? Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá. Estúpidas! É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou do coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer alguem antes de terminar de lembrá-lo. Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar. 

É preciso aceitar esta mágoa esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução. Quantos problemas do mundo seriam menos pesados se tivessem apenas o peso que têm em si , isto é, se os livrássemos da carga que lhes damos, aceitando que não têm solução. 

Não adianta fugir com o rabo à seringa. Muitas vezes nem há seringa. Nem injecção. Nem remédio. Nem conhecimento certo da doença de que se padece. Muitas vezes só existe a agulha. 

Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado. 

O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar.

MEC

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Dia de Domingo

Esteve um dia daqueles....horrorosos! Daqueles que se olha pela janela e dá um aperto no peito tal é a escuridão. Fico deprimida nestes dias. Com este tempo, só apetece enfiar na cama, pôr um filme daqueles lamechas, comprar um pacote de Ruffles presunto e ficar assim até começar a Casa dos Segredos - Desafio Final 2 (my guilty pleasure).

Mas nãoooo. Passei a tarde colada no Benfica-Porto na esperança de que se o Paulo Fonseca não consegue vitórias, ao menos conseguisse empates (dava um jeitão ao meu Sporting) mas nem isso. Foram duas batatinhas para o saco. TAU, pega disto! Depois fui ao cinema ver os 7 Pecados Rurais. Foi engraçadinho o filme. Mas só isso: engraçadinho. Agora vem a parte mais ansiada do dia que é ver o resumo da casa mais vigiada do país e rir um bocado para dormir bem.

P.S. Não lhe toquem nas Xuxas, hein?

domingo, 12 de janeiro de 2014

Azares de 2014

Agora que 2013 acabou e estamos há duas semanas no novo ano, devo dizer que tudo o que aconteceu de mau nestes primeiros dias de 2014 já sobrepôs o que aconteceu de menos bom no ano (todo) que acabou!!

Depois de ter ido dia 15 de Dezembro para a Madeira, no regresso ao Porto no dia 4 de Janeiro o balanço foi o seguinte: puxador da porta da cozinha partido, televisão avariada, infecção respiratória, infecção nos ouvidos (pareço os brasileiros. Sempre que alguém fala comigo a minha resposta é: Oi? - nunca oiço nada à primeira) e uma crise de sinusite daquelas em que só apetece passar o dia na cama, tal é o peso na cabeça!!

Entretanto já estou melhorzinha de saúde, já regressei ao trabalho mas ainda tenho que ir à bruxa porque agora é o computador que parece que vai dar o berro!! (E tenho toda uma tese para escrevinhar)

Tese

Devo ter dado uma grande pancada na cabeça quando me lembrei de me inscrever no Mestrado !! Pois que já estamos em Janeiro e acho que tenho duas folhas escritas. Por favor, quando eu disser que estou a pensar ir estudar outra coisa qualquer, prendam-me numa jaula e só me deixem sair de lá depois de já ter mudado de ideias.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013